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SASE x SSE: entenda a diferença entre as tecnologias

SASE x SSE: entenda a diferença entre as tecnologias

Apesar da similaridade das siglas e dos conceitos, as propostas se diferenciam nos propósitos; entenda as peculiaridades de cada uma e qual é mais adequada para sua estratégia de segurança cibernética.

No mundo da segurança cibernética e da conectividade corporativa, as siglas SASE e SSE frequentemente geram confusão. Ambas representam conceitos fundamentais para a proteção de redes e dados em um cenário onde a computação em nuvem, o trabalho remoto e as ameaças digitais se tornaram predominantes.

Apesar das similaridades, essas tecnologias têm propósitos distintos e são aplicadas de maneira diferente dependendo das necessidades da empresa. Compreender as diferenças entre SASE (Secure Access Service Edge) e SSE (Security Service Edge) é essencial para a adoção correta de estratégias de segurança cibernética e conectividade.

Por que há confusão entre SASE e SSE?

A origem da confusão entre SASE e SSE se dá, principalmente, porque ambas as abordagens compartilham componentes tecnológicos semelhantes e visam oferecer segurança em redes distribuídas. Além disso, SSE surgiu como um subconjunto do SASE, o que reforça a ideia equivocada de que são termos intercambiáveis.

No entanto, enquanto SASE integra segurança e conectividade em um único framework, SSE concentra-se exclusivamente na segurança, deixando de lado os aspectos de rede. Para compreender melhor, é necessário explorar as características e funcionalidades de cada um.

O que é SASE?

O conceito de SASE foi introduzido pelo Gartner em 2019 como uma resposta às crescentes demandas de segurança para ambientes empresariais descentralizados. Com o aumento do trabalho remoto, da computação em nuvem e da necessidade de acesso seguro a aplicações e dados, surgiu a necessidade de integrar segurança e conectividade em um único modelo.

O SASE combina funcionalidades de rede, como SD-WAN (Software-Defined Wide Area Network), com um conjunto abrangente de soluções de segurança, incluindo CASB (Cloud Access Security Broker), SWG (Secure Web Gateway) e ZTNA (Zero Trust Network

Access). O objetivo é garantir que os usuários possam acessar recursos corporativos de qualquer lugar, com segurança e desempenho otimizados.

O principal diferencial do SASE é sua abordagem convergente. Antes dele, empresas precisavam implementar diversas soluções separadas para gerenciar conectividade e segurança, o que resultava em maior complexidade, custos elevados e dificuldades de gerenciamento.

O SASE resolve essa questão ao oferecer um modelo baseado na nuvem, que permite a aplicação consistente de políticas de segurança, independentemente da localização do usuário ou do dispositivo utilizado. Dessa forma, ele se torna uma solução ideal para empresas que buscam otimizar o acesso remoto, garantir a conformidade regulatória e reduzir a superfície de ataque.

O que é SSE?

Por outro lado, o SSE foi definido pelo Gartner em 2021 como um subconjunto do SASE, focado exclusivamente em segurança. Diferentemente do SASE, o SSE não inclui recursos de conectividade, como SD-WAN, concentrando-se em proteger o acesso a aplicações e dados independentemente da infraestrutura de rede utilizada. Assim, o SSE oferece três pilares principais: CASB, SWG e ZTNA, que trabalham juntos para proporcionar proteção contra ameaças, controle de acesso e segurança de dados.

A adoção do SSE é recomendada para empresas que já possuem uma estratégia de conectividade definida, mas precisam aprimorar a segurança do acesso a aplicações e serviços em nuvem. Essa abordagem permite que organizações implementem políticas de Zero Trust, imponham controles granulares sobre o uso de SaaS e protejam usuários contra ameaças baseadas na web.

Além disso, o SSE facilita a conformidade com regulamentações de proteção de dados, fornecendo visibilidade e controle sobre o tráfego da empresa.

Principais diferenças entre SASE e SSE

As diferenças entre SASE e SSE ficam mais evidentes ao analisar seus casos de uso. Empresas que buscam uma solução completa, que unifique segurança e conectividade, geralmente optam pelo SASE. Ele é ideal para organizações com múltiplas filiais, equipes remotas e aplicações distribuídas, pois proporciona um ambiente seguro e otimizado para o tráfego corporativo.

Já o SSE é mais adequado para empresas que não precisam de uma reformulação na infraestrutura de rede, mas desejam reforçar a segurança do acesso a aplicações e dados.

Similaridades entre SASE e SSE

Apesar das diferenças, SASE e SSE compartilham semelhanças significativas. Ambos são baseados em arquiteturas de segurança na nuvem e seguem o modelo Zero Trust, que assume que nenhuma conexão é confiável por padrão.

Isso significa que usuários e dispositivos precisam ser continuamente autenticados e monitorados para minimizar riscos. Além disso, as duas abordagens utilizam inteligência artificial e aprendizado de máquina para detectar e mitigar ameaças em tempo real, garantindo uma proteção mais eficiente contra ataques cibernéticos.

Outro ponto em comum entre SASE e SSE é a capacidade de simplificar a gestão de segurança, reduzindo a necessidade de múltiplas soluções fragmentadas. Com a adoção de uma arquitetura centralizada, as empresas conseguem melhorar a visibilidade sobre seu tráfego e aplicar políticas de segurança de forma mais eficaz.

Essa abordagem também reduz custos operacionais e melhora a experiência dos usuários, garantindo um acesso mais rápido e seguro a aplicações críticas.

Quando escolher SASE e quando escolher SSE?

A decisão entre adotar SASE ou SSE depende das necessidades específicas da empresa. Para organizações que precisam modernizar tanto a conectividade quanto a segurança, o SASE representa a escolha ideal. No entanto, para aquelas que já possuem uma infraestrutura de rede eficiente e desejam apenas aprimorar a segurança do acesso a aplicações, o SSE pode ser a solução mais apropriada.

Em muitos casos, empresas começam adotando o SSE como um primeiro passo rumo ao SASE, incorporando gradualmente os componentes de conectividade conforme suas necessidades evoluem.

Seja optando pelo SASE ou pelo SSE, as empresas devem priorizar uma abordagem que ofereça proteção abrangente, sem comprometer a experiência do usuário. Com a evolução contínua das tecnologias de segurança e conectividade, é fundamental que as organizações estejam preparadas para adaptar suas estratégias conforme novas ameaças e desafios surgem.

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