Jorge Ribkin comentou sobre as estratégias da empresa para se manter à frente dos desafios do mercado, oferecendo soluções pioneiras e abrangentes.
A Rainforest Technologies se firmou, desde sua fundação, como uma das principais referências em soluções de cibersegurança voltadas à antecipação de ameaças e adaptação às necessidades específicas de cada mercado.
Com um portfólio que abrange desde detecção de vazamentos de dados (Data Leak Detection) e avaliação de vulnerabilidades (Vulnerability Assessment), até plataformas integradas de XDR (Extended Detection and Response) e ferramentas de análise comportamental apoiadas em inteligência artificial, a empresa destaca‑se por combinar inovação tecnológica com profundo entendimento regulatório e cultural dos países onde atua.
Esse pioneirismo torna a Rainforest capaz de entregar não apenas ferramentas, mas verdadeiras estratégias de defesa cibernética que aceleram a transformação digital de seus clientes sem comprometer a segurança.
O que torna a Rainforest tão especial?
O diferencial da Rainforest Technologies reside em sua abordagem holística e proativa. Em vez de oferecer soluções pontuais, a companhia desenvolve plataformas nativas para ambientes DevSecOps, nativamente integradas a pipelines de CI/CD como Azure DevOps, GitLab e Jenkins, garantindo que a segurança seja parte orgânica do ciclo de desenvolvimento — transformando um possível gargalo em um motor de inovação.
Além disso, sua expertise em inteligência artificial e machine learning permite a análise em tempo real de grandes volumes de logs e tráfego de rede, reduzindo drasticamente falsos positivos e antecipando movimentos dos atacantes, o que vem se tornando, cada vez mais, um divisor de águas na proteção de infraestruturas críticas e aplicações sensíveis.
Outro ponto de pioneirismo da Rainforest é o cuidado com a adequação regulatória. No Brasil, por exemplo, suas soluções já estão calibradas para os requisitos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e dos órgãos reguladores como o Banco Central e a Anatel.
Mas não se limitam ao cumprimento estrito das normas; antevêem também futuras regulamentações do setor financeiro e de infraestrutura crítica, garantindo que clientes de diferentes portes e segmentos — de startups a empresas do agronegócio — estejam preparados para enfrentar vetores de ataque cada vez mais sofisticados, específicos e alinhados às particularidades locais.
Conversa com Jorge Ribkin, CEO da Rainforest Technologies
Tivemos a oportunidade de conversar com Jorge Ribkin, CEO da companhia, para entender em detalhes como a Rainforest planeja não apenas acompanhar, mas liderar as novas tendências do mercado de segurança cibernética no Brasil. Confira o bate-papo a seguir.
Agility: Como a Rainforest Technologies planeja adaptar e posicionar seu portfólio de soluções para atender às demandas específicas do mercado brasileiro, considerando as particularidades regulatórias e culturais locais?
Jorge Ribkin: O Brasil possui um framework regulatório robusto e em constante evolução. Nossa suíte de cybersecurity já está sendo adaptada para atender integralmente à LGPD, mas vamos além — estamos antecipando as próximas regulamentações do setor financeiro e de infraestrutura crítica. Nosso Data Leak Detection e Vulnerability Assessment Tools estão sendo calibrados para os padrões específicos exigidos pelo Banco Central e ANATEL.
Nossa experiência nos ensinou que cybersecurity não é uma solução global aplicada localmente. O Brasil enfrenta vetores de ataque específicos — desde fraudes PIX até ameaças direcionadas ao agronegócio. Nossas soluções são treinadas para identificar campanhas de phishing em português, golpes típicos brasileiros e ameaças que exploram confiança em instituições locais.
O que nos motiva é contribuir para elevar o nível de segurança cibernética do país, protegendo desde startups até grandes corporações contra ameaças cada vez mais sofisticadas.
Agility: Diante da crescente adoção de práticas DevSecOps e da integração contínua entre desenvolvimento e operações, de que forma a Rainforest está investindo em parcerias e integrações com plataformas de CI/CD usadas no Brasil para acelerar a detecção e correção de vulnerabilidades em aplicações?
Jorge Ribkin: Excelente pergunta. A transformação DevSecOps é uma realidade que não podemos ignorar, e na Rainforest Technologies estamos posicionando nosso portfólio para ser nativo nesse ecossistema desde o primeiro dia.
Identificamos que o mercado brasileiro tem uma adoção interessante de ferramentas híbridas — desde Azure DevOps até GitLab, passando por Jenkins e até soluções mais tradicionais. Não estamos falando de plugins externos, mas de componentes que fazem parte orgânica do fluxo de desenvolvimento.
Reconheço que tecnologia sem adoção não gera valor. Estamos investindo em programas de certificação e workshops para disseminar práticas DevSecOps, porque sabemos que o sucesso das nossas ferramentas depende da maturidade dos times que as utilizam.
O objetivo é que a segurança acelere, não atrase, a inovação das empresas brasileiras.
Agility: O uso de inteligência artificial e machine learning tem se mostrado um divisor de águas na cibersegurança. Quais iniciativas de inovação em AI vocês já têm em andamento e como essas tecnologias serão incorporadas para antecipar ameaças avançadas no cenário brasileiro?
Jorge Ribkin: Nós estamos na vanguarda dessa revolução — inteligência artificial — há mais tempo do que muitos players do mercado. Estamos desenvolvendo continuamente algoritmos que analisam padrões de comportamento em tempo real, identificando atividades suspeitas antes que se tornem ataques efetivos.
A IA consegue processar volumes massivos de dados de tráfego de rede, logs de sistema e comportamento de usuários para detectar anomalias que passariam despercebidas por análises tradicionais.
Um dos maiores benefícios práticos é a capacidade de reduzir drasticamente falsos positivos, que podem até fazer parte da estratégia de ataque, consumindo recursos valiosos das equipes de segurança. Nossos algoritmos aprendem continuamente para refinar a precisão das detecções.
A evolução constante dessas tecnologias nos permite estar sempre um passo à frente dos atacantes, antecipando suas próximas movimentações e fortalecendo as defesas de forma proativa.
Agility: Com a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e as crescentes multas por vazamento de informações, como a Rainforest pretende apoiar empresas brasileiras — especialmente PMEs — para fortalecer sua postura de compliance e reduzir riscos reputacionais e financeiros?
Jorge Ribkin: A LGPD representa uma mudança fundamental no cenário de proteção de dados no Brasil, e reconhecemos que as PMEs enfrentam desafios únicos para se adequar às exigências regulatórias sem comprometer seus recursos limitados.
Nossas soluções escaláveis permitem que as pequenas e médias empresas implementem controles de segurança robustos sem a necessidade de grandes investimentos em infraestrutura ou equipes especializadas. O foco é em automação e simplicidade, permitindo que gestores sem expertise técnica profunda consigam manter conformidade efetiva.
Nosso objetivo é democratizar a proteção de dados, tornando-a acessível para todos os tamanhos de empresa, incluindo organizações com recursos limitados. Acreditamos que todas as empresas merecem operar com segurança e em conformidade com a lei.
Agility: O ecossistema de canais e parceiros é fundamental para ampliação de mercado. Quais são os planos da Rainforest para expandir sua rede de integradores e distribuidores no Brasil, e de que forma vocês asseguram a capacitação técnica necessária para que esses parceiros entreguem valor aos clientes finais?
Jorge Ribkin: O crescimento sustentável no mercado brasileiro passa necessariamente por uma estratégia robusta de canais e parcerias. Reconhecemos que o Brasil é um país continental com particularidades regionais significativas, e nossa estratégia de go‑to‑market precisa refletir essa realidade.
Estamos focando em integradores que já possuem expertise em cybersecurity e relacionamentos consolidados em seus mercados regionais. Não se trata apenas de volume, mas de qualidade na entrega. Priorizamos parceiros que demonstram capacidade técnica e comprometimento com a experiência do cliente final.
Os parceiros passam por módulos específicos sobre cada solução, desde a implementação até troubleshooting avançado, garantindo que possam atender clientes com autonomia. Oferecemos suporte comercial e técnico especializado já na fase de pré‑venda.
Nossos engenheiros de soluções dedicados acompanham parceiros em apresentações críticas. Isso é especialmente importante no início, quando o parceiro ainda está construindo confiança com nossa tecnologia.
Mantemos canais diretos de comunicação com os parceiros para entender desafios de mercado e oportunidades de melhoria em nossos produtos e processos. Essa retroalimentação é essencial para mantermos competitividade.
Nossa meta é construir uma rede de parceiros que seja extensão natural de nossa equipe, capaz de entregar a mesma qualidade de serviço e expertise técnica que nossos clientes esperam.
Agility: Olhando para os próximos três a cinco anos, quais tendências de cibersegurança vocês consideram mais relevantes para o Brasil (como segurança de IoT, proteção de identidade digital ou XDR), e de que forma a Rainforest está se preparando para liderar nessas áreas emergentes?
Jorge Ribkin: O cenário de cibersegurança nos próximos anos será moldado por transformações fundamentais que já estão em movimento, e é essencial antecipar essas mudanças para manter relevância no mercado.
Com o trabalho híbrido consolidado e a adoção crescente de Zero Trust, a identidade se tornou o novo perímetro de segurança. Isso é particularmente relevante no Brasil, onde ainda vemos muitas organizações em transição de modelos de segurança perimetral tradicionais.
A realidade da utilização de multi‑clouds cria desafios únicos de visibilidade e governance. Nossas soluções estão sendo arquitetadas para funcionar nativamente nesses ambientes híbridos. A tendência mais importante é a mudança de percepção da segurança como custo para segurança como habilitador de inovação.
Estamos posicionando nossas soluções para demonstrar como controles adequados podem acelerar a transformação digital e a entrada em novos mercados. Nossa estratégia é se manter na vanguarda dessas tendências, não apenas acompanhando, mas ajudando a definir os padrões que o mercado brasileiro adotará.
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