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O poder da IA nas fraudes: o arsenal criminoso e defensivo

O poder da IA nas fraudes: o arsenal criminoso e defensivo

Com a popularização dos modelos abertos de machine learning, os atores maliciosos têm aprimorado a complexidade de seus ataques contra o sistema financeiro; confira exemplos e entenda como o mercado está reagindo.

No atual cenário digital, a inteligência artificial (IA) vem ganhando protagonismo não apenas em inovações positivas, mas também como instrumento poderoso nas mãos do cibercrime.

Ao redor do mundo, grupos organizados e hackers solitários têm explorado algoritmos avançados de aprendizado de máquina para aperfeiçoar técnicas de fraude que, até pouco tempo atrás, dependiam exclusivamente de engenharia social rudimentar ou de simples scripts automatizados.

No Brasil, essa tendência não é diferente: vemos um crescimento exponencial de ataques cada vez mais sofisticados, capazes de ludibriar sistemas de segurança convencional e vítimas menos preparadas, elevando o risco para instituições financeiras, e‑commerces e até mesmo para o cidadão comum.

Deepfake e automação de phishing direcionado

Uma das frentes em que a IA tem sido empregada pelo crime é na criação de deepfakes de voz. Utilizando modelos generativos de voz treinados em amostras públicas ou vazadas de executivos e autoridades, criminosos conseguem imitar fielmente o timbre e o padrão de fala de uma pessoa.

Em um exemplo clássico, um gerente de banco recebeu uma chamada “ao vivo” de seu suposto diretor, solicitando a aprovação de uma transferência milionária para um fornecedor “crítico”. A entonação, as pausas e até pequenas hesitações foram replicadas pelo sistema de IA; o pedido pareceu inteiramente legítimo e resultou em um prejuízo milionário antes mesmo que o golpe fosse detectado.

Outra modalidade cada vez mais difundida é o spear phishing automatizado com IA. Ferramentas sofisticadas vasculham redes sociais, blogs e outras fontes públicas para mapear o perfil das vítimas e entender suas relações pessoais e profissionais. A partir dessas informações, geram e‑mails altamente personalizados — adaptando tom, jargões da empresa, menções a eventos recentes e até referências a hobbies.

Ao simular com perfeição a comunicação interna de uma organização, esses ataques obtêm taxas de cliques e de preenchimento de formulários de credenciais superiores a 50%, segundo relatórios de segurança internacionais. No Brasil, casos têm atingido inclusive departamentos de recursos humanos e financeiro, desencadeando tanto vazamentos de dados sensíveis quanto fraudes diretas em pagamentos.

Criação de personas falsas e ataques a cartões

A IA também viabiliza o que chamamos de fraude de identidade sintética, na qual sistemas gerativos criam perfis completamente novos, com documentos falsificados em escala. Com base em bases de dados compradas em mercados clandestinos, essas soluções produzem RGs e CPFs que passam pelos filtros de validação automáticos dos bancos, permitindo abertura de contas e obtenção de empréstimos sem que haja um “cliente real” por trás.

Quando a dívida é contraída e não paga, é tarde demais para o banco descobrir que se trata de um cadastro fictício — e o prejuízo está feito. Essa técnica, aliada a redes de “mulas” que movem dinheiro em diferentes contas, forma um sofisticado pipeline de lavagem de ativos que desafia auditorias tradicionais.

Em paralelo, máquinas de IA têm sido empregadas para otimizar ataques de cartão de crédito. Por meio de algoritmos de análise comportamental, criminosos estudam padrões de consumo de vítimas específicas, determinando o limite semanal de gastos e até os tipos de estabelecimento que o titular costuma frequentar.

Com esse perfil em mãos, bots tentam pequenas transações de teste, ajustam automaticamente valores e horários, e progridem para compras maiores apenas quando todas as validações do emissor estão “confortáveis”. Isso reduz drasticamente as rejeições e prolonga o tempo de detecção do golpe, maximizando lucros para o fraudador antes que o banco bloqueie o cartão.

Os robôs da discórdia

Ainda no campo das finanças, a IA tem sido empregada para executar a arbitragem de informações privilegiadas em mercados. Robôs monitoram simultaneamente múltiplas fontes de notícias, mídias sociais e até mesmo transações blockchain, aprendendo a identificar — em frações de segundo — sinais de mudanças iminentes de preço em ativos.

A decisão de compra e venda é então tomada de forma automática, aproveitando-se de discrepâncias momentâneas entre corretoras ou explorando vazamentos de informações privadas que circulam em chats fechados. Essa prática, que fere diretamente regras de compliance, passa despercebida em muitas instituições por operar dentro dos limites de volume e frequência que sistemas tradicionais consideram normais.

É importante registrar que, além dessas técnicas, há ainda o uso de chatbots maliciosos em plataformas de atendimento ao cliente. Ao invés de direcionar usuários a um atendente humano, o sistema fraudulento — alimentado por IA de última geração — conduz pessoas a revelar dados sensíveis, como tokens de autenticação ou códigos de verificação recebidos por SMS, sob pretextos convincentes de atualização cadastral ou verificação de segurança.

No Brasil, onde o atendimento remoto ganha cada vez mais espaço, casos desse tipo vêm crescendo com força, causando perdas não só financeiras, mas também de confiança dos clientes nas próprias instituições.

O outro lado da moeda

Diante desse arsenal criminoso, a resposta do mercado de segurança também tem se beneficiado do poder da IA, criando defesas cada vez mais dinâmicas e inteligentes. Em vez de bases estáticas de regras, novas plataformas de proteção empregam aprendizado contínuo para reconhecer padrões de fraude em tempo real e se adaptar a variações sutis de comportamento, sem necessidade de intervenção manual a cada mudança de tática por parte dos atacantes.

Isso inclui desde sistemas de análise de anomalias em transações, até motores de decisão capazes de barrar automaticamente operações com alto grau de suspeita, minimizando ao máximo falsos positivos e garantindo a fluidez do processo legítimo.

Nesse contexto de evolução mútua entre crime e defesa, a INETCO se destaca como parceira estratégica para organizações que desejam blindar seus fluxos financeiros. Especializada em visibilidade e monitoramento de transações bancárias e de pagamento, a empresa alia sua expertise em big data a algoritmos de IA para oferecer soluções capazes de identificar, em milissegundos, inconsistências e tentativas de fraude.

Por meio de análise comportamental e correlação de eventos, o sistema da INETCO não apenas detecta padrões indevidos, mas antecipa possíveis vetores de ataque, acionando bloqueios automáticos ou enviando alertas de alta prioridade às equipes de segurança.

A arquitetura da plataforma INETCO foi desenvolvida para operar em ambiente híbrido, podendo ser implementada tanto on‑premises quanto em nuvens públicas ou privadas, garantindo flexibilidade e escalabilidade.

Sensores inteligentes capturam dados de transações em APIs, mensageria ou logs de servidores, encaminhando-os a um hub central de processamento, onde modelos de machine learning treinados com históricos de fraude refinam constantemente seus parâmetros. A cada nova tentativa maliciosa identificada, o sistema ajusta seus gatilhos, reduzindo gradativamente o tempo de detecção (Time to Detect) e reforçando os controles de prevenção (Time to Prevent).

Inovações que a colocam à frente

Uma das inovações da INETCO é o uso de redes neurais profundas para análise de sequência temporal de eventos, recurso que permite ver além de uma única transação — entendendo, por exemplo, quando um conjunto de operações aparentemente isoladas forma um mesmo cenario de fraude estruturada.

Esse tipo de insight é crucial para barrar ataques complexos, como a fraude de identidade sintética ou o uso de “mulas” para escoamento de valores, que dependem justamente da fragmentação de transações em diferentes contas e períodos.

Complementando o portfólio, o INETCO RiskShield oferece dashboards customizáveis e APIs de integração com sistemas de case management, permitindo que analistas de fraude investiguem incidentes com mais rapidez e acionem workflows de resposta automaticamente.

Relatórios detalhados revelam tendências de ataque e pontos vulneráveis, auxiliando na otimização contínua de políticas de segurança. Além disso, a ferramenta conta com módulos de compliance que ajudam a gerar trilhas de auditoria e demonstrar aderência a regulamentos, tanto no Brasil quanto em mercados internacionais.

Performance? Temos!

Graças à combinação de processamento em memória, análise de big data e IA avançada, a solução INETCO escala para atender a volumes massivos de transações sem comprometer a latência, um requisito essencial para bancos digitais e adquirentes de cartão, onde cada milissegundo conta para a experiência do usuário.

Esse equilíbrio entre performance e segurança permite que empresas mantenham altas taxas de autorização e, ao mesmo tempo, reduzam perdas por fraude a níveis mínimos.

Em síntese, o poder da IA nas fraudes, embora preocupante, não é invencível. À medida que criminosos ampliam seu arsenal com deepfakes, bots sofisticados e identidades sintéticas, a indústria de segurança revida com soluções baseadas nos mesmos avanços de machine learning e análise comportamental em tempo real.

Nesse duelo, a proatividade e a capacidade de adaptação rápida fazem toda a diferença para proteger ativos financeiros e reputação das empresas.

Um investimento poderoso

Para quem busca reforçar a resiliência contra fraudes financeiras, a INETCO figura como a parceira ideal. Seus produtos permitem não apenas bloquear tentativas de golpe com agilidade, mas também oferecer insights estratégicos para maturar processos de segurança e compliance.

Ao investir em uma plataforma que une IA de ponta, visibilidade completa das transações e integração fluida com o ecossistema de TI, as organizações se colocam um passo à frente do cibercrime, garantindo operações mais seguras, confiáveis e economicamente eficientes.