Imagine precisar atualizar o Sistema Operacional do seu smartphone cada vez que instalar um aplicativo novo. E a cada atualização, junto com as diversas mudanças que vem junto no S.O., receber também os novos problemas! Atualmente, é isso que alguns dos fabricantes de soluções tem feito com seus clientes.
De diversas formas, as redes sempre foram definidas por software. Os softwares estão embutidos em todas as tecnologias que usamos atualmente e as redes não são diferentes. Contudo, as redes são restritas pela forma com que os softwares são configurados, gerenciados e entregues – muitas vezes monolíticos e dentro de uma “caixinha” (como os switches e set-top-boxes), atualizados na maioria das vezes via linha de comando que remetem aos anos 80.
Como cada dispositivo de rede precisa ser configurado individualmente – geralmente de forma manual e literalmente a partir de um teclado – as redes não conseguem manter o ritmo com as mudanças exigidas pelos sistemas modernos de virtualização e cloud, e por isso estão ficando para trás nesta corrida.
O que é o SDN?
Existem inúmeros artigos e definições sobre o que é o SDN. Apesar de relativamente nova, a SDN é simplesmente uma abordagem nova em que a gestão e o controle são desassociados do hardware, criando uma separação entre Data Plane e Control Plane. Isso permite desenhar, construir e operar novas redes para prover novos níveis de agilidade. Seria, para as redes, similar ao que a abstração, virtualização e orquestração são para a infraestrutura de servidores.
Uma outra forma bastante simples de ver a aplicação de uma SDN, seria um ambiente de estações de trabalho com ThinClients. Nas pontas (as estações) temos equipamentos relativamente “simples” (entre aspas mesmo, pois eles possuem uma inteligência embarcada bem interessante) mas em que toda a inteligência do ambiente está centralizada. Todas as configurações dos ThinClients está armazenada num ponto único, e os equipamentos distribuídos são utilizados apenas para acessar o ambiente. Se houver a necessidade de se instalar mais 300 equipamentos, não há a necessidade do administrador ir em cada estação para configurá-los. Basta ligar nas tomadas (de energia e de rede) e o resto acontece “automaGicamente”.
Em uma rede definida por software, um administrador de rede pode moldar o tráfego a partir de um console centralizado de controle, sem ter que tocar cada equipamento individualmente (por exemplo, switches e roteadores). O administrador pode, centralizadamente, alterar as regras de qualquer equipamento de rede, quando necessário, podendo priorizar ou até mesmo bloquear pacotes com um nível muito granular de controle.
Isso permite que as equipamentos/aplicações/serviços se movam entre as redes sem alterar identidades ou violar especificações. E, também, pode simplificar as operações de rede, onde as definições globais por identidade não precisam ser configuradas em cada interface ou equipamento. Essa camada de controle separada do hardware também ajuda a redefinir algumas das complexidades de topologias e elementos de rede, separando identificação e lógica de controle de fluxo do simples conceito de forwarding, bridging e routing (Fonte: Wikipedia).
Como saber se SDN é bom para mim?
- Comece a explorar os potenciais benefícios e riscos que SDN trará para a sua organização, mas cuidado com a lavagem-cerebral-de-SDN, que simplesmente renomeia antigas abordagens;
- Saiba que SDN tem potenciais impactos significativos sobre segurança. Sua estratégia de segurança deve evoluir com a estratégia de SDN para incorporar novas necessidades e oportunidades trazidas pela SDN;
- Se você se focar primeiramente no Data Center, certifique-se de envolver servidores, virtualização, segurança e equipes de armazenamento na discussão para garantir a adoção de uma abordagem única;
- A adoção de SDN requer uma nova forma de pensar que pode ameaçar os engenheiros de rede existentes. É necessário identificar os membros de sua equipe com as habilidades e visão para liderar o processo de avaliação (Fonte: Gartner).